sábado, 28 de março de 2015

Inclusão ou exclusão?

Augusto Amenarthas*

Inclusão ou exclusão?

Este é um dos grandes dilemas encontrados pelos professores. Será que ter um aluno com necessidades especiais em sala tida como “normal” é o suficiente para dizer que ele está incluso? É uma utopia achar que sim. Não podemos simplesmente achar que pelo simples fato de estar na mesma sala, faça dele incluso.
Um professor que tenha em sua sala, um aluno surdo, dando sua aula normal e vez ou outra se dirige para ele e tenta explicar alguma coisa usando a linguagem de sinais (que por sua vez na maioria dos casos o professor não conhece, ou o que conhece não é suficiente para se fazer entendido), logo em seguida se volta para a maioria dos alunos, dá seu conteúdo normal e pronto. Isto é a inclusão que temos hoje; uma inclusão de “faz de conta”, que não ajuda em nada ao desenvolvimento escolar do aluno.
Nas escolas públicas, temos professores despreparados para lidar com o problema. A escola não pode rejeitar o aluno, o professor tem que lidar com as diversas situações em sala de aula, onde vez ou outra tem alunos com alguma necessidade especial, às vezes mais de um, e o professor sem saber como lidar, sem tempo para dar uma melhor atenção a este aluno e o mais interessante, o excluindo de forma indireta, não porque tenha intenção, mas porque a situação faz com que isso aconteça.
Nos coloquemos no lugar de um. Se veja numa sala de aula onde todos os alunos são surdos, e o professor, ensinando em libras o tempo inteiro. Você tenta acompanhar aquela linguagem que para você não tem compreensão, aí o professor se volta para você e tenta ao máximo fazer você entender o conteúdo que ele explicou para os seus colegas utilizando-se de formas que na maioria das vezes você não entende. Após alguns instantes, volta-se para o restante da turma e continua sua aula do mesmo jeito de antes, onde todos os alunos compreendem seus gestos, você tenta, mas nem sempre consegue. Será que só pelo fato de você está ali, você se sente incluso?
Defendo uma nova maneira de ver a inclusão, onde os alunos com necessidades especiais possam estudar na mesma escola que todos, porém, que haja uma “sala especial” para eles, com alunos iguais a eles, que possam se compreender mutuamente e, que o professor desta sala, seja preparado para tal. Esta sala seria unicamente para este fim. Ao invés de termos alunos que não sabem o conteúdo, mas são aprovados mesmo assim, como acontece nos moldes atuais porque é o que rege a lei. Defendo que em todas as escolas (ou naquelas que seriam utilizadas para este fim), tivéssemos nos intervalos a relação entre todos os alunos da escola, onde nos eventos, as turmas façam suas apresentações incluindo a “sala especial” para que eles se sintam parte integrante da escola, se sintam inclusos naquele meio e não sejam vistos como o “estranho da sala”.

Como a sala de recursos que vemos em algumas escolas, com professores mal preparados, mal remunerados e sobrecarregados pode ser vista como a saída para este dilema. O aluno estuda na sala de aula normal, mas no turno oposto tem uma hora de reforço, duas vezes por semana, onde na maioria das vezes apenas brinca no computador. Isto é suficiente? Será que apenas isto basta? Lutemos por uma educação inclusiva de verdade, não apenas na teoria, mas que tenhamos reformas não só na parte física das escolas, mas principalmente na prática pedagógica.
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Graduado em Pedagogia e Pós-graduado em Psicopedagogia Institucional e Clínica

terça-feira, 10 de março de 2015

Ansiedade

Ansiedade

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O termo "ansiedade" tem várias definições nos dicionários não técnicos: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo, entre outros.
Levando-se em conta o aspecto técnico, devemos entender ansiedade como um fenômeno que ora nos beneficia, ora nos prejudica, dependendo das circunstâncias ou intensidade, e que tornar-se patológico, isto é, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal).
A ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações.

Causas

Os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida.
A pessoa pode se sentir ansiosa a maior parte do tempo sem nenhuma razão aparente ou pode ter ansiedade apenas às vezes, mas tão intensamente que se sentirá imobilizada. A sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de fazer coisas simples (como usar o elevador) por causa do desconforto que sentem.

 sintomas

Sintomas de Ansiedade

Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como:
  • Preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar)
  • Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer
  • Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho
  • Medo extremo de algum objeto ou situação em particular
  • Medo exagerado de ser humilhado publicamente
  • Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade
  • Pavor depois de uma situação muito difícil.

Tratamento de Ansiedade

Existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade:

  • Medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica)
  • Psicoterapia com psicólogo ou médico psiquiatra
  • Combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).
A maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de tratamento. Por isso, é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, o tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo são imprescindíveis para obter melhores resultados e menores prejuízos.
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/ansiedade